Este curso nasce a partir de uma escuta clínica profunda de Andressa Toledo, daquelas que percebem que, muitas vezes, a alma não acompanha o que a mente já compreendeu. Nasce da prática, da observação de pacientes que, mesmo após constelações familiares intensas, ainda não conseguiam sustentar a postura que se esperava deles, porque não se trata apenas de “entender” que é preciso tomar os pais, perdoar, honrar.
Se o corpo ainda guarda mágoas, julgamentos, traumas não elaborados, essas frases não assentam, não tocam.

Foi assim que surgiu o Cantar Sistêmico: da necessidade de ir além da compreensão racional.
De encontrar uma forma de acessar o corpo e a alma ao mesmo tempo, usando a música, a vibração e o som como via de integração.
As frases de solução, já tão potentes na abordagem sistêmica, passaram a ser cantadas, observadas, sentidas.
E a clínica mostrou os resultados: onde antes havia resistência, surgiu presença; onde havia dor crua, surgiu elaboração, e onde havia só entendimento mental, surgiu vivência profunda.

As frases cantadas passaram a funcionar como intervenção e integração. Primeiro, como um corte cirúrgico que acessa o núcleo da ferida emocional. Depois, como um pós-cirúrgico sensível, que suaviza, assenta e favorece a reorganização psíquica e corporal.

A repetição melódica e rítmica não é apenas estética: ela atua sobre o sistema nervoso como um antídoto contra a tensão criada pelas expectativas. Ela acalma a mente, reduz resistência, acolhe o saber dentro do corpo.
E é nesse lugar que a repetição faz seu papel terapêutico: não para hipnotizar, mas para integrar.

A cada escuta, o ouvinte experimenta a frase, seu corpo reage, sua história responde. E nesse processo, a postura antes impossível começa a se tornar disponível. A repetição não banaliza, ela transforma o conhecimento em sabedoria.

Este curso, então, é fruto da observação e da intervenção clínica musicoterapêutica, sustentadas por prática e escuta ao longo de muitos processos. É para quem deseja reorganizar o que ficou emaranhado, bloqueado ou sem fluxo,  não apenas com a razão, mas com a voz, o corpo e a escuta profunda.